A Livraria Travessa do Shopping Leblon foi pequena para Patty Bonaparte. Os amigos lotaram o espaço no lançamento de “O Trampolim”, o primeiro livro da escritora, lançado pela Editora Lacre.
Os filhos, Carol, Claudia – que veio especialmente dos EUA para o lançamento, Guilherme e Dudu, junto com o marido Claudio Bonaparte, foram os primeiros a chegar e ajudavam a recepcionar os amigos que entravam na fila para os autógrafos, que chegaram a 170 senhas. Enquanto esperavam, o público degustava o buffet do Country Club.
Ao longo das 175 páginas de “O Trampolim” – que tem apresentação assinada pela jornalista Beth Garcia – Patty apresenta, em textos curtos, pequenas crônicas sobre sua vida. Ali estão lembranças da infância, a relação com o pai, a decisão de estudar Administração e depois Psicologia, o nascimento dos quatro filhos e os “nãos” que a consumiram.
Não é à toa que o texto de abertura é “Trampolín, no!”. Nele, a autora descreve o medo infantil de pular na piscina como metáfora para iniciar a série de histórias e acontecimentos que a empurraram a tomar decisões.
A morte do pai, de infarto, o sequestro e morte do primeiro marido, Márcio, quando ela estava grávida de quatro meses, e o incêndio que atingiu o irmão e o deixou internado em estado grave ocorreram em um período de dois anos, quando ela tinha em torno de 25 anos. Já mais velha, Patty viveria outro momento de tensão, quando, na pandemia, seu atual marido, Cláudio, ficou internado em estado grave por conta da Covid-19. Mas, ao contrário do que pode parecer, os relatos não são feitos em tom de compaixão ou pena, mas como fatos que a impulsionaram, de alguma forma, a sair da sua zona de conforto.
“Hoje eu tenho que ser eu, independente de qualquer coisa”, diz.
A autora chegou às 17h e, desde então, foi recebendo amigos que chegavam para prestigiar Patty Bonaparte.
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Fotos: Miguel Sá