“Eternos”, criado pelo quadrinista Jack Kirby, em julho de 1976, baseado no livro “Eram os deuses astronautas” (Erich von Däniken, 1968) finalmente estreia nas telonas brasileiras nesta quinta-feira.
O longa da Marvel Studios dirigido por Chloé Zhao – ganhadora do Oscar de Melhor Filme e Direção por ‘Nomadland’ – nos apresenta a criação do multiverso dos heróis da MCU e todas as suas particularidades, alternando entre o passado e os dias atuais com muitos diálogos e pouca ação. Com isso, os primeiros 50 minutos de filme é arrastado. Lembrando que o longa tem 2 horas e 30 minutos de duração.
Com muitas referências a outros heróis da Marvel/Disney e também da concorrente DC, de forma geral o filme diverte e agrada. Entrei na sala curioso para saber como a diretora Chloé Zhao iria humanizar os eternos e depois de assistir, percebi que além de transformá-los em personagens carismáticos, ela conseguiu nos colocar no centro do multiverso da Marvel. Muitos dos telespectadores saíram com mais perguntas do que quando entraram na sala de cinema, principalmente depois das duas cenas pós-créditos que são de ‘pirar’.
A produção conta com um elenco diverso não só etnicamente, mas no quesito idade, como Salma Hayek (Ajak), de 55 anos até Lia McHugh (Sprite), de 14, e todos sem exceção tem seu desenvolvimento com calma e atenção, para mostrar a importância na trama.
Detalhe, as roupas dos heróis são uma obra-prima. Os vilões também não ficam atrás com efeitos especiais incríveis. As cenas de luta foram muito bem coreografadas (não tão bem quanto em “Viúva Negra”). Cada ‘eterno’ tem um poder diferente e juntos formam ótimas combinações de golpes e é ai que ficamos apreensivos para assistir o que virá em cada conflito.
Engana-se quem acha que os ‘eternos’ parecem uma família disfuncional, todos têm laços que os unem e não importa para onde vão uma coisa é certa: os eternos voltarão.