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Gilberto Gil
Fotos: @danipaivafotografia / @abletras_oficial

Uma noite carregada de emoção e simbolismo marcou a posse de Gilberto Gil como imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) na última sexta-feira (08), no Petit Trianon, sede da instiutição, no Rio de Janeiro. O cantor e compositor, ex-ministro da Cultura, ocupa agora a cadeira 20 da Academia, sucedendo Murilo Melo Filho, que foi advogado, escritor e um grande jornalista brasileiro.

Em seu discurso de posse, Gil, que é apenas o segundo homem negro a ocupar uma cadeira na ABL, lembrou ainda que é o primeiro representante da música popular brasileira a integrar a academia:

“Entre tantas honrarias que a vida generosamente me proporcionou essa tem para mim uma dimensão especial. A Academia Brasileira de Letras é a casa da palavra e da memória cultural do Brasil. E tem uma responsabilidade grande no sentido de fortalecer uma imagem intelectual do país que se imponha à maré do obscurantismo, da ignorância, e demagogia de feição antidemocrática”.

“Poucas vezes na nossa história republicana o escritor, o artista, o produtor de cultura, foram tão hostilizados e depreciados como agora. Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes sociais da internet, e a questão merece a atenção dos nossos educadores e homens públicos. A ABL tem muito a contribuir nesse debate civilizatório. E eu gostaria, aqui, efetivamente, de colaborar para o debate, em prol da cultura e da justiça”, disse ainda Gil.

Envergando o tradicional fardão da Academia – que ele usou, ironicamente, na capa de um dos seus discos em 1968 – Gil estava acompanhado da mulher, Flora, e das filhas Preta, Maria, Bela e Nara. Seguindo os protocolos, a recente empossada imortal Fernanda Montenegro entregou a Gil o colar de acadêmico; Arnaldo Niskier entregou a espada; Cacá Diegues entregou o diploma e o presidente da ABL, o jornalista Merval Pereira, declarou Gil empossado na cadeira 20.

Vale lembrar que a eleição de Gil para se tornar um imortal da ABL foi em novembro do ano passado, quando o ícone da música brasileira recebeu 21 votos.

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