“Gal influenciou uma geração de mulheres”, diz Luis Lobianco que interpreta Guilherme no filme Meu Nome é Gal

Foto: Paulo Freitas

Na última segunda-feira (09) foi a pré-estreia em São Paulo do aguardado filme “Meu Nome é Gal”. O evento contou com a participação das diretoras Dandara Ferreira e Lô Politi, e dos atores Sophie Charlotte, Luis Lobianco, Rodrigo Lelis e Camila Márdila.

O filme aborda e homenageia a trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos, antes de se tornar a famosa cantora Gal Costa, interpretada pela atriz Sophie Charlotte. Quando a cantora se muda para o Rio de Janeiro, em meados de 1960, e integra o grupo Doces Bárbaros, junto com seus conterrâneos Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), Maria Bethânia (Dandara Ferreira) e Gilberto Gil (Dan Ferreira).

O ator George Saúma assume o papel do poeta, compositor e diretor Waly Salomão, reconhecido por sua influência em momentos significativos na carreira da artista, enquanto o ator Luis Lobianco, que concedeu uma exclusiva para o GLMRM, interpreta o falecido (2007) Guilherme Araújo, que foi um empresário e produtor e teve um papel fundamental para o movimento Tropicália, sendo uma figura essencial na trajetória e carreira de Gal Costa.

Gal partiu aos 77 anos em novembro de 2022, mas deixa um legado repleto de clássicos ao longo de sua carreira, como “Baby”, “Meu Nome é Gal”, “Chuva de Prata”, “Meu Bem, Meu Mal” e outras canções memoráveis que ganharam destaque no filme.

Confira a entrevista que o ator Luis Lobianco concedeu ao GLMRM:

GLMRM: Como surgiu o convite e por que acha que te convidaram para esse papel?

 LL: Fui convidado pelas diretoras do projeto (Dandara Ferreira e Lô Politi) para dar vida ao Guilherme Araújo: empresário, diretor, um dos criadores da Tropicália e muito amigo de Gal. Entendo que precisavam de um ator intenso e com fina irreverência pra trazer o temperamento de Guilherme. Tenho a impressão que se estivéssemos convivido na mesma época seríamos amigos.

GLMRM: Como é seu personagem e de que forma ele contribui pro desenrolar da história?

LL:  Guilherme Araújo tinha um olhar muito sofisticado e ambicioso para os artistas que vinham da Bahia. Ele enxergava um potencial internacional e popular naqueles talentos. O bordão dito sempre por Guilherme foi incorporado e imortalizado por Caetano Veloso: “Divino, Maravilhoso!”. Com esse entusiasmo ele rebatizou Maria da Graça como Gal Costa e a estimulou enxergar a mulher exuberante que havia na moça tímida. A partir disso, Gal influenciou o comportamento de gerações de mulheres.

GLMRM: Qual sua relação com Gal Costa? A conheceu? Foi em seus shows? Ouvia desde sempre?

LL: Sou absolutamente devoto dos 4 Doces Bárbaros desde sempre. Bethânia, Caetano, Gal e Gil são a trilha da minha vida. Eles me emocionam, me inspiram, me dão coragem. Fui a muitos shows da Gal, perdi a conta.

GLMRM: Qual a importância, na sua opinião, de dar vida a um personagem tão importante para a história da música brasileira?

LL: Fico absolutamente honrado com a oportunidade. Tenho muita intimidade com esse universo, é uma história que sempre me interessou. O filme é um documento histórico sobre o Tropicalismo, seus criadores e foi feito para que Gal se sentisse feliz com a homenagem. Infelizmente ela partiu entre o fim das filmagens e a estreia. Que a sua luz esteja conosco nesse momento, artistas e fãs.

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