Ao ler o nome Vercillo a gente logo pensa em Jorge, o talentoso cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro. Mas o personagem aqui é outro, Vini Vercillo, seu filho de 21 anos. Nascido e criado dentro do ambiente artístico, desde muito cedo demonstrou interesse pela música.
Vini sempre gostou de guitarra e violão, praticando os instrumentos incansavelmente. A sede por conhecimento o levou a se aprofundar nos estudos de harmonia e teoria musical. A trajetória musical tomou um rumo especial quando, aos 15 anos, ingressou no circuito profissional ao se tornar guitarrista da banda do pai.
Essa oportunidade permitiu a ele gravar nos melhores estúdios e se apresentar nas principais casas de espetáculo, vivenciando tanto o brilho dos palcos quanto os desafios da estrada.
Carreira solo
As experiências e lições absorvidas durante esse período estão presentes em cada canção de seu disco de estreia, “Real”, no qual apresenta uma mistura entre MPB e R&B.
Com a guitarra e o violão como protagonistas nos arranjos, Vini mostra conexão espontânea entre as duas vertentes musicais. O resultado é uma produção moderna e refinada que reflete o apreço do carioca pela música norte-americana.
Desde o lançamento do single “Somos Nós” em 2021, seu nome tem ganhado destaque nas listas de artistas promissores. O entusiasmo em torno de sua carreira atingiu proporções maiores quando artistas como Lulu Santos, Ed Motta e Anitta elogiaram seu trabalho.
Fala, Vini!
Em entrevista exclusiva para o GLMRM, o artista comenta sobre crescer em um meio artístico, o processo criativo do álbum e a contemporaneidade presente em suas músicas:
Como foi crescer em uma família de músicos e como isso influenciou sua trajetória artística?
Quando eu tinha uns 5 ou 6 anos, meu pai construiu um estúdio dentro de casa, e lembro que eu chegava da escola e ia direto assistir aos ensaios e gravações. Tive o privilégio de conhecer e conviver com artistas e músicos geniais. Sempre tive acesso a muita informação musical e isso acabou me estimulando.
Durante o processo de produção do álbum, você teve alguma colaboração inesperada que agregou algo especial às suas músicas?
Sim! Este álbum contou com o auxílio do Ricardo Feghali (Roupa Nova), que me cedeu um estúdio incrível para gravarmos algumas faixas, e com Diego Valle, um dos maiores talentos da produção musical brasileira atualmente.
Como lida com as expectativas e a ansiedade em torno desse momento da carreira?
Isso acaba de certa forma me confortando, pelo fato de eu estar mantendo uma continuidade na carreira musical. Tento me concentrar para seguir em frente sem ficar “girando lâmpada” nessas questões.
Qual a influência da arte do seu pai no seu trabalho? Acha que precisa desvincular o seu trabalho do trabalho dele, de alguma maneira?
Meu pai tem uma influência imensa nesse meu primeiro trabalho solo. Primeiro porque foi ele quem me projetou através da oportunidade de tocar na sua banda. No álbum, colaborou em algumas canções que escrevi originalmente em inglês e que acabaram ganhando versões em português com a ajuda da “caneta” dele.
Últimos detalhes
As letras do álbum refletem uma paixão pela sonoridade internacional, com a maioria das composições escritas em inglês, conferindo ao álbum um toque de produto de exportação. “Real” é um lançamento do selo Elo.