Vindo de uma família de artistas, Ana Morais, filha da atriz Gloria Pires e do músico Orlando Morais, lança o seu álbum de estreia nesta sexta-feira (26). De título “Pensei em Esquecer o Amanhã”, o trabalho chega para apresentar o lado musical da jovem de 22 anos, que poucos conhecem, e “trazer leveza para a vida das pessoas”, segundo a própria diz.
“Esse álbum foi feito, justamente, para trazer uma leveza para as pessoas. Espero que elas se identifiquem porque é um disco muito simples, que fala de coisas simples, mas que ao mesmo toca a gente. Eu fiz com muito amor e me dediquei muito para fazer”, conta Ana Morais, com seu jeitinho tímido e discreto, ao GLMRM.
“Eu não ligo”, “Gatilhos”, “Longe Daqui”, “Não Tenha Dó de Mim”, “Olhe o Céu”, “Sem Te Ver” e “Stay” são algumas das composições presentes no debut da cantora.
Arte que vem de berço
Filha de Glória Pires, um dos grandes nomes da televisão brasileira, e de Orlando Morais, renomado cantor e compositor, Ana não esconde o privilégio de fazer parte de uma família como a dela. Afinal, todos daquela casa têm um pé na arte. Além dos pais, suas irmãs, Antônia e Cleo, também são do meio artístico.
“Eles foram uma das primeiras pessoas a escutarem o álbum e a minha família sempre me incentivou a fazê-lo, porque eu sou uma pessoa tímida e lançar coisas que eu mesma compus me deixa 100% vulnerável”.
Lançar-se em carreira musical sempre foi um sonho para Ana, mas o medo vinha com a vontade. Tanto que o apoio de sua família foi o que a motivou a mostrar ao mundo suas canções: “Eles falavam: ‘Você vai ter que começar de alguma forma. Então, vai assim mesmo, com medo, que vai dar certo’. Eles sempre me apoiaram e me incentivaram muito”.
A música como válvula de escape
Ana Morais canta desde os 11 anos e sempre enxergou a música como uma forma de desabafar e “escapar do mundo real”. “É um jeito de botar tudo para fora, sem medo de ninguém te julgar. Acho que o meu amor é exatamente isso também, é um projeto intuitivo, um desabafo”, fala.
Por mais que tenha começado a compor “tarde”, ela revela que sempre soube que queria seguir por esse caminho, mas que não conseguia externalizar essa vontade. Foi só aos 17 anos, quando estava se formando na escola e viu seus amigos decidindo qual faculdade iriam fazer, que teve coragem de seguir pelo mundo das artes.
“Eu sabia que queria seguir esse caminho, mas nunca tive coragem, de fato, de colocar esse pensamento para fora. Quando a escola estava acabando e eu vendo meus amigos decidindo o que estudar, pensei: ‘Agora é a hora’. E, foi assim”, relembra.
Vale resgatar que, antes de mergulhar na música, Ana Morais atuou junto de Glória Pires em um episódio da série “As Brasileiras” e, por mais que tenha adorado a experiência de contracenar com sua mãe, diz que não é o mesmo sentimento que tem com a música.
“Atuar não me dá um frio na barriga, não é a mesma coisa que me dá com a música. Nunca digo nunca, mas, não é algo que me dá vontade de seguir para o resto da vida. A música fala mais comigo, sobre quem eu sou”.
Vontade de viver
Com os olhos brilhando e um sorriso que não sai do rosto enquanto fala, Ana Morais revela que seu maior desejo com o álbum é que as pessoas tenham vontade de viver.
“É aquele tipo de música que você escuta e dá vontade de ser feliz. Essa é a sensação que eu quero que as pessoas tenham. O título traz uma sensação de nostalgia; do que você ainda não viveu, uma vontade de ver o que o futuro aguarda”.