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Elke Maravilha
Foto: Reprodução/Acervo pessoal

Sagrada, profana, santa, diaba: todas as Elkes em um único lugar. Uma Elke Maravilha muito além do que pôde ser visto na TV ou onde quer que ela tenha estado em todos os seus anos de carreira. Essa é a proposta da mostra inédita “Elke”, que vai ocupar o Centro Cultural Vale Maranhão a partir desta terça (17) e reverenciar uma das figuras mais icônicas e enigmáticas da cena artística brasileira.

Com curadoria de Gabriel Gutierrez e Ubiratã Trindade, a exposição histórica – e não-biográfica – é uma homenagem ao legado deixado por Elke em diversos campos: na moda, na cultura popular, no teatro, no cotidiano e nas lutas de gênero e das minorias. A exposição sublinha principalmente a filosofia e ética que Elke propôs para a vida. Para isso, todo acervo fotográfico da artista foi digitalizado, trazendo ao público imagens inéditas, que só os mais próximos tiveram acesso.

“Da criação estética explícita de Elke, nasce uma ética construída para dar luz a tudo que pudesse ter um significado. Esta exposição é um tributo a essa visão, focada em Elke enquanto artista e pensadora. Elke propôs uma forma de estar no mundo única. Ela colocava a percepção das coisas de cabeça para baixo, e assumia o lugar de farol, já que se expressava sobre assuntos que, em sua época, eram considerados tabus”, afirma Gabriel.

Suas indumentárias, que foram minuciosamente restauradas, ocupam boa parte dos espaços da exposição e prometem mexer com o imaginário do público. Elke se inspirava no Carnaval, nas travestis e drag queens, no reino das crianças e dos animais, no circo, em culturas distantes, e em tudo o que pudesse significar para se montar dos pés à cabeça com maquiagem, peruca, roupas, adereços, movimentos, feições e, principalmente, palavras.

Seja por meio de retratos pintados, gravuras, fotografias ou vídeos, Elke gostava de destacar o que há de mais expressivo no corpo: a cabeça. Os closes se fechavam no rosto, onde estão as emoções do maravilhamento e do desagrado, onde o olhar atrai a todos.

A exposição “Elke” fica em cartaz no Centro Cultural Vale Maranhão, de terça a sábado, das 10h às 19h, até 30 de setembro. Também estará disponível para todo o Brasil por meio de um tour virtual no site da instituição (ccv-ma.org.br).

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