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Debora Ozório
Divulgação

Olívia e Dora são duas mulheres jovens, idealistas e que lutam por mais igualdade de direitos. Separadas por algumas décadas, as duas têm em comum a intérprete: Débora Ozório, que se despede das personagens que, coincidentemente, ficaram ao mesmo tempo no ar.

No começo da noite, a atriz de 25 anos aparece nas telinhas como Olívia, uma jovem sonhadora e ativista que vive na década de 40 em “Além da Ilusão”, novela das 6 da Globo que chega ao fim nesta sexta (19). No final da noite, surgia como Dora, jovem feminista e destemida de “Filhas de Eva”, série da Globoplay que acaba de ser exibida na TV aberta pela primeira vez.

Ao GLMRM, Debora conta que, além da coincidência das personagens que “lutam por uma evolução, pelos direitos e conquistas”, também guarda algumas semelhanças com as duas:

“Uso o meu corpo, minha criação, para falar sobre causas que eu também acredito, que eu luto. É muito gratificante dar visibilidade para isso”.

A artista completa: “Cada uma tem um pedacinho de mim. Com a Olivia eu tenho em comum a determinação e empatia pelas causas, pelos outros. Já a Dora acho que tem um pouco da coragem, mesmo que ela tenha uns conflitos consigo mesma, é muito corajosa”.

Parceria com Paloma Duarte

Foto: Divulgação/Globo/Cadu Pilotto

Em “Além da Ilusão”, Olivia é a filha perdida de Heloisa (Paloma Duarte) e Matias (Antonio Calloni). Em 1º de julho, o reencontro entre mãe e filha aconteceu na novela, e emocionou a todos – elenco e telespectadores.

“A cena que gravamos foi incrível, conseguimos tocar tantas pessoas. Foi algo muito especial porque esperamos por muito tempo. Lembro que no dia nos olhamos e nem conversamos muito, e quando fomos gravar já tinha tanta coisa guardada que tivemos uma super troca”, relembra.

Debora não esconde a admiração por Paloma Duarte e revela ter aprendido muito com a sua mãe da ficção: “Acho ela uma grande atriz, foi um super presente. Tivemos uma identificação e uma troca muito gostosa. Eu gosto muito de aprender e observar, então a assistia para poder aprender o que ela tivesse para me ensinar”.

‘Filhas de Eva’

Já em “Filhas de Eva”, Debora contracenou com Giovanna Antonelli, Renata Sorrah, Dan Stulbach e outros grandes nomes da televisão. Ao relembrar a gravação da produção original do Globoplay, a atriz não esconde a felicidade e a saudade desse trabalho.

“Foi um trabalho em que eu fui muito feliz, e foi muito especial. Diferente de novela, éramos em poucos e conseguíamos nos encontrar mais, ter mais conversas e tempo. Foram relações que eu trouxe para minha vida”, conta.

Foto: Divulgação/Globo

A série lançada em 2021 apenas para assinantes do Globoplay, começou a ser exibida na Globo somente em 21 de julho desse ano. Por mais que seja um trabalho finalizado, a atriz enxerga como algo “muito atual”, além de adorar o retorno do público que está assistindo a série só agora.

“O retorno do público quando estava só no Globoplay e agora na TV é diferente, são outras pessoas. Estou muito feliz e realizada. Estou com sede de arte para continuar”.

O feminismo na vida

“Não posso negar o feminismo.” É assim que Debora Ozório descreve sua luta na causa feminista. Da mesma forma que Dora, sua personagem em “Filhas de Eva”, ela entende seus privilégios e sabe que, como mulher, infelizmente, é preciso se esforçar mais para lutar por igualdade.

“É uma das causas que eu luto e não posso negar que em algumas situações da minha vida eu tenha passado por desconforto. Só que eu tive o privilégio (ou a sorte) de ter sido criada por mulheres que me ensinaram e sempre falaram que eu posso ser e fazer o que eu quiser. Mas, acredito que é algo estrutural. Por exemplo, no caso de ser atriz e ganhar menos que um homem, é preciso de muito mais para conseguirmos uma coisa igual a um homem”, fala.

Sonhos e novos projetos

Após fechar o ciclo com a novela e série, Debora Ozório não esconde a vontade de seguir nas telinhas e, mesmo sem dar muitos detalhes, garante que já tem novos projetos para 2023:

“Temos muitos planos, muitas coisas para acontecer, mas o objetivo e o foco principal é estar cheia de arte. Não sairei das telinhas, não”.

Já quando o assunto é sobre viver personagem dos sonhos, ela revela que, assim como todo artista, sonha em fazer diferentes personagens.

“Quanto mais diferentes, mais interessante e instigante pra mim – e, claro, mais desafiador. Por mais que sejam parecidos em alguns aspectos, como a Olivia e a Dora, elas têm muitas diferenças também. Só de falar da época delas já é um ponto. E meu objetivo é continuar nesse caminho”, diz.

Outro grande sonho de Debora é interpretar uma vilã, ainda mais depois de ter contracenado ao lado de Renata Sorrah, a eterna Nazaré Tedesco: “Vilã é uma coisa que eu ainda não fiz e a Renata é uma referência de vilã. Acho que naturalmente todos os atores têm vontade de ver os dois lados da moeda – tanto mocinho, quanto vilão”.

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