“Tina Turner não se foi de fato. Seu espírito e sua energia continuam vivos”, revelou a conselheira espiritual budista da cantora em entrevista ao Daily Mail. Turner, que morreu na semana passada, aos 83 anos, não tinha medo da morte e estava curiosa sobre o que viria depois de sua partida. “Tina me disse: ‘Não tenho medo de morrer’. Ela estava curiosa para ver o que está por vir”, revelou Dechen Shak-Dagsay.
Shak-Dagsay, musicista de mantras tibetanos e parceira musical de Tina nos últimos seis anos, revelou que a cantora se afastou da vida pública para se preparar para a vida após a morte, seguindo suas crenças budistas. Apesar de ter sido criada como cristã em sua cidade natal no Tennessee, encontrou no budismo a “salvação” para os abusos que sofreu de seu primeiro marido, Ike.
“Quando estávamos gravando juntas, desenvolvemos um relacionamento intenso. E ela me disse que nunca teria conseguido superar toda a dor que sofreu e a luta que enfrentou em seu primeiro casamento sem recitar os mantras budistas. Isso lhe deu força para seguir em frente”, revelou a guru, que afirma que Turner considerava a estrutura da igreja cristã opressiva.
A decisão da popstar de se afastar da vida pública há cerca de dois anos e meio foi explicada por Shak-Dagsay: “Na tradição budista, em uma certa fase da vida você escolhe se recolher. A preparação para a morte é considerada a parte mais importante da vida humana”.
A musicista budista enfatizou que a Rainha do Rock, assim como todos os praticantes budistas, acreditava na reencarnação e vida após a morte. Para ela, a reencarnação era um pilar fundamental do budismo: “Tina deu tudo o que tinha para seus fãs – sua voz, seu amor, suas performances, sua beleza, sua graça. E ela ajudou tantos artistas”, completou Shak-Dagsay, afirmando que a cantora também ajudou a abrir caminho para artistas femininas, como Beyoncé, Rihanna e Madonna.