“King Richard: Criando Campeãs” é baseado na vida e historia de Richard Williams, interpretado por Will Smith, que – nada mais, nada menos – é o pai, gestor e empresário das superestrelas do tênis Venus e Serena Williams. Com direção de Reinaldo Marcus Green – de “Joe Bell” e “Monsters and Men”, o longa nos leva para Compton – uma Califórnia cheia de criminalidade, onde os jovens dificilmente alcançariam um futuro próspero. GlamuGeek já assitiu o longa que estreou em todo o Brasil nesta quinta (02.12)
Diante do cenário que a cidade oferece à família, o pai de Serena (Demi Singleton) e Vênus (Saniyya Sidney) cria um plano e, apesar de não ter nenhuma experiência com a modalidade, ele as treina desde cedo, superando todas as dificuldades, ceticismo, controvérsias e o seu próprio passado conturbado. Com 2h18 de duração, o longa vale muito a pipoca, e não decepciona se o objetivo é dar emoção – diferente do futebol, onde as cenas são, por exemplo, focadas no gol ou em um boa jogada. No filme que tem a ambientação nas quadras de tênis, as cenas são mais focadas nas reações de cada personagem durante os pontos da partida, nos deixando literalmente dentro da torcida. As atrizes que interpretam as irmãs Williams estão incríveis, passam a doçura e a humildade das atletas.
Smith esta ótimo no papel. Por vezes, ele nos insere em diálogos profundos, tirando o foco da historia das duas atletas e nos levando para dentro da cabeça de um pai que nunca teve a chance resolver seus próprios problemas internos. Caricato em algumas cenas, é possível ver que ele transmite toda a vontade de um pai que sonha e trabalha duro para ver suas filhas serem respeitadas dentro e fora das quadras.
A ambientação e a passagem do tempo são dadas, muitas vezes, pelo figurino e as notícias que são mostradas na TV. A emoção aflora quando vemos Brandi Williams (Aunjanue Ellis), a mãe de Venus e Serena, em um diálogo incrível com Richard – ali, eles entregaram tudo –, e é por cenas como essa que Smith pode ser facilmente indicado ao Oscar de Melhor ator em 2022 – vencer é outra historia. Temos de elogiar aqui Rick Macci (Jon Bernthal), muito bom em cada cena que aparece. Ele é o segundo técnico a orientar as garotas, responsável também por levar ao topo do ranking Jennifer Capriati, Andy Roddick e Maria Sharapova. Macci é o alivio cômico do longa e, no meio dos seus diálogos, consegue até fazer uma referência ao seu papel de Justiceiro, na Marvel.
Com criticas sociais, raciais e temas como superação, acreditar em si e ir em busca do seu sonhos, o longa tem uma carga emocional incrível e por mais que seja um drama biográfico será bem acolhido pelo publico. A cereja do bolo de “King Richard: Criando campeãs” é a trilha sonora que tem Beyoncé com a canção Be Alive.
O longa deixa algumas pontas soltas na história, como o filho não assumido de Richard e o não aprofundamento nem apresentação dos outros filhos da família, que só aparecem para completar os lugares no carro da família ou os lugares do sofá. Dezembro chegou e com ele essa biografia cinematográfica incrível, #GlamuGeek deixa aqui nota máxima para o longa.