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sexo sustentável
Foto: Reprodução/Unsplah

A preocupação com o meio ambiente está fazendo brasileiros mudarem seus hábitos na hora de comer, comprar, viajar e até na hora do sexo. Uma pesquisa de 2019 feita pela Nielsen mostra que o consumidor se vê cada vez mais sustentável, com 42% dos brasileiros admitindo que estão mudando seus hábitos de consumo em busca de minimizar o impacto no meio ambiente.

Com isso, a demanda por produtos como preservativos veganos e métodos anticoncepcionais que não geram resíduos vem crescendo. O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) estima que cerca de 10 bilhões de preservativos masculinos de látex são fabricados a cada ano, e a maioria é descartada em aterros sanitários. A principal matéria-prima dos preservativos, o látex sintético, além do uso de aditivos e produtos químicos, impedem sua biodegradação.

O preservativo é essencial na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e deve ser usado em todas as relações sexuais, mas é fato que seu material é poluente. Diante desse dilema, as marcas têm pensado em soluções para a questão.

“Temos focado principalmente nas embalagens e na logística. Por exemplo, atualmente, para a embalagem secundária dos preservativos, possuímos tecnologia para reciclagem, já que ela é feita de BOPP (Polipropileno Biorientado). Há esforços e pesquisas em andamento para entendermos a aplicabilidade disso em embalagens primárias também”, diz Ricardo Monteiro, gerente de marca da Jontex.

A marca também está pensando em novas perspectivas de logística, para usar menos plástico e reduzir o uso de carbono.

Lubrificante 100% natural

Já os lubrificantes convencionais são feitos à base de petróleo, ou seja, contêm combustíveis fósseis. O que levou a um aumento de opções à base de água ou orgânicos. A Reckitt Health & Nutrition, responsável pelas marcas de preservativos Olla e Jontex, lançou em 2020 um lubrificante com ingredientes 100% naturais.

“Estamos comprometidos com o desenvolvimento sustentável e focamos não só na formulação, que é livre de parabenos, corantes ou fragrâncias – ideal para regiões íntimas com seu pH neutro -, como também na embalagem”, afirma Monteiro. Segundo o gerente, o produto é entregue ao consumidor em uma embalagem totalmente reciclável.

Os brinquedos sexuais, como os vibradores, também estão passando por reformulação. Aço e vidro são algumas das alternativas para substituir o uso excessivo do plástico. Itens recarregáveis também ajudam a reduzir o desperdício, assim como lingeries com fabricação consciente.

Mas a preocupação com o meio ambiente não envolve só a escolha de produtos e acessórios sexuais ecológicos. Práticas como evitar fazer sexo durante o banho e manter as luzes apagadas são defendidas como formas básicas de minimizar o impacto no planeta.

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