O microagulhamento com radiofrequência é a bola da vez na questão do rejuvenescimento?

Melhora da superfície? Temos. Estímulo de colágeno nas camadas mais profundas? Também. A bola da vez é a técnica de radiofrequência microagulhada com aplicação multidimensional, para tratar a pele camada a camada, com rejuvenescimento completo. Conversamos com o dermatologista criador do protocolo.

Provavelmente você já ouviu falar de microagulhamento por radiofrequência, radiofrequência microagulhada ou até microagulhamento robótico. Se a sua ideia é a de que ele serve para firmar a pele, você acertou. Mas ele pode ir muito além disso: estudos demonstraram que o microagulhamento com radiofrequência pode ajudar a aliviar a aparência de cicatrizes de acne, linhas finas e textura irregular. “Ele pode efetivamente reduzir a proeminência de linhas finas, melhorar a uniformidade do tom da pele e promover mais firmeza à pele”, diz o dermatologista Dr. Renato Soriani, expert em tecnologias, ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017-2021) e autor da técnica MD Morpheus (aplicação multidimensional) – atualmente utilizada no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa. Morpheus 8 é uma das máquinas que realizam o tratamento com radiofrequência microagulhada e talvez a mais popular: no TikTok, a hashtag #morpheus8 já acumula mais de 247,9 milhões de visualizações.

Segundo o médico, com a idade, exposição ao sol e hábitos como fumar podem causar a quebra de colágeno e elastina. Tratamentos como microagulhamento com radiofrequência podem ajudar a restaurar a firmeza da pele. “O microagulhamento regular envolve fazer microlesões na pele por meio de agulhas que liberam radiofrequência nas camadas internas da pele. Isso desencadeia uma resposta de cicatrização que promove a produção de colágeno. O calor, ao aquecer o tecido subjacente, estimula ainda mais a produção de colágeno, além de elastina e ácido hialurônico e, com isso, também há um efeito tensor na pele”, diz o Dr. Renato.

Os protocolos podem ser feitos com segurança na maioria dos adultos, independentemente do tom ou tipo de pele. “Existem vários dispositivos de microagulhamento com radiofrequência, mas o grande diferencial do Morpheus 8 é que ele possui um mecanismo tecnológico preciso que permite ao médico selecionar a profundidade que deseja trabalhar (entre 1 a 8 mm). Com a técnica MD Morpheus, conseguimos distribuir a energia de maneira multidimensional, trabalhando com diferentes profundidades e modos de disparos em múltiplas aplicações para potencializar resultados”, explica o dermatologista, que é criador da técnica.

Como é o passo a passo?

A preparação: Primeiro, a pele é higienizada para prevenir infecções. Em seguida, um anestésico tópico é aplicado e deixado na pele por uma hora para ajudar a reduzir a dor. “No exterior, é comum o uso apenas de um creme anestésico. Por aqui, associamos o uso de anestésicos tópicos a outras formas de anestesia: bloqueios com anestésicos locais e controle da dor através do óxido nitroso. Em alguns casos, podemos optar por sedação leve. Estas medidas reduzem a percepção da dor de forma significativa em quase 80% dos pacientes, permitindo a sua execução com conforto. Isso também possibilita que o protocolo dê muito mais resultado: por aqui fazemos seis passadas, enquanto no exterior é comum uma só”.

O procedimento: A ponteira de um aplicador de microagulhamento com radiofrequência usa microagulhas para fazer pequenos orifícios na superfície da pele. As pontas das agulhas também liberam ondas de radiofrequência nas aberturas para aquecer o tecido circundante. Pode levar cerca de 30 minutos para “carimbar” o aplicador em todo o rosto.

O fator ‘dor’: O microagulhamento com radiofrequência pode causar desconforto mesmo com creme anestésico, por isso a estratégia de oferecer óxido nitroso (também conhecido como gás hilariante) para maior conforto. “A dor é muito subjetiva. Portanto, é um pouco difícil prever exatamente como será a sensação de pessoa para pessoa.”

Quais são os riscos associados ao tratamento?

Se o tratamento não for feito corretamente, há riscos de hiperpigmentação e cicatrizes.

Quem pode operar as máquinas?

Morpheus é um aparelho registrado como Classe III na ANVISA e seu uso legalmente só é permitido para médicos, geralmente dermatologistas ou cirurgiões plásticos.

O que posso esperar?

Os resultados, são excelentes, graduais, com o efeito definitivo surgindo após cerca de oito a 12 semanas, e melhoram conforme mais sessões são realizadas, sendo que, no geral, são recomendadas cerca de três sessões com intervalos de 45 dias entre cada uma delas. “Após dois anos, é recomendada a realização de novas sessões para manutenção dos resultados. O tratamento é extremamente seguro, não exige tempo de recuperação, assim permitindo que o paciente retorne à rotina imediatamente. É comum o surgimento de vermelhidão, edema e coceira nos dias que procedem o tratamento, sendo importante que o paciente evite a exposição solar e faça uso de protetor solar para evitar complicações”.

No período de recuperação da pele, o ideal é evitar completamente qualquer cosmético com fragrância ou formulado com ácidos esfoliantes, como alfa-hidroxiácidos (AHAs) e beta-hidroxiácidos (BHAs). “É recomendável, também, dar uma pausa no uso do retinol e retinoides até que sua pele esteja completamente curada, o que pode levar até uma semana inteira. E mesmo usando FPS, o paciente deve evitar ficar exposto ao sol por alguns dias após o tratamento”.

FONTE: DR. RENATO SORIANI Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Mestre em Dermatologia pela USP e ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017-2021), o médico é CEO da Renascence Dermatologia (Ribeirão Preto/SP) e Key Opinion Leader nacional e mundial de marcas como INMODE, Entera, DEKA e LMG, além de atuar como coordenador e palestrante em congressos nacionais e internacionais. CRM 121106 | Instagram: @renatosoriani.dermato

Esse texto foi produzido pela Holding Comunicações, assessoria de imprensa especializada em saúde, beleza e bem-estar, com 30 anos de experiência no setor.

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