Ingestão exagerada de guloseimas como balas e chocolates pode levar ao desenvolvimento de condições metabólicas como obesidade e diabetes, além de agravar o risco de doenças cardiovasculares, inflamatórias, degenerativas e até neoplásicas.
O Halloween chegou. E, por aqui, a tradição de ganhar doces nessa época vem crescendo. Adultos e crianças aproveitam esse período do ano para se esbaldar nos chocolates, balas, pirulitos… vale tudo! Porém, é importante tomar cuidado com o consumo excessivo dessas guloseimas ricas em açúcar. “O açúcar vicia física e emocionalmente por causa de vários mecanismos metabólicos e bioquímicos envolvidos. O consumo excessivo pode levar a doenças metabólicas como obesidade e diabetes, porém agrava os riscos de doenças cardiovasculares, inflamatórias, degenerativas e até neoplásicas”, Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia. Abaixo, um time de especialistas explica algumas das consequências causadas pelo consumo exagerado de açúcar. Confira:
Doenças metabólicas: Obesidade e diabetes são dois dos problemas metabólicos que surgem por consequência de alimentação rica em açúcar, principalmente de doces. “A síndrome metabólica é um conjunto de condições, incluindo pressão alta, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura corporal e níveis anormais de colesterol. Reduzir o consumo excessivo do açúcar diminui a ingestão total de calorias, ajuda no controle do peso, reduz a gordura corporal total e a gordura visceral, que está localizada entre os órgãos e aumenta o risco de infarto e AVC. Ao reduzirmos a gordura visceral, reduzimos o risco de Diabetes Mellitus e, nos pacientes que já são diabéticos, melhoramos o controle da glicose”, diz a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio De Janeiro (SCMRJ).
Câncer: O carboidrato em excesso também pode favorecer o surgimento de câncer. “As células cancerígenas, assim como todas as outras células do organismo, precisam de fontes de energia para sobreviver. Enquanto algumas células retiram essa energia do oxigênio, outras, como as células neoplásicas, utilizam como fonte de energia a fermentação do açúcar. Dessa forma, o açúcar, mais especificamente a glicose, pode impulsionar o desenvolvimento do câncer, já que alimenta as células cancerígenas, que crescem e se espalham pelo organismo”, ressalta a médica nutróloga.
Envelhecimento acelerado da pele: O açúcar figura entre os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele. “O consumo excessivo de açúcares e carboidratos desencadeia um processo de glicação, no qual a glicose solta no sangue liga-se às proteínas da pele, formando os AGEs: produtos finais de glicação avançada. Esses AGEs causam uma desordem tecidual, levando à perda da elasticidade da pele, formação de rugas, menor capacidade de cicatrização e aceleração do envelhecimento”, explica a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos.
Fadiga e exaustão: O excesso de açúcar na dieta faz as mitocôndrias, organelas centrais da célula responsáveis pela produção de energia, perderem eficiência, reduzindo a produção de energia, segundo a Dra. Marcella. “A hiperglicemia (elevado nível de glicose no sangue) afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Em nível celular, o açúcar em demasia na dieta afeta a integridade da mitocôndria, considerada o pulmão celular. Com isso, os eventos metabólicos iniciais como fadiga e cansaço podem ser indicativos do desenvolvimento do diabetes”, explica a médica nutróloga.
Problemas circulatórios: O açúcar em excesso pode ser amargo para o coração. Além de estar relacionado com a obesidade e com a diabetes mellitus, ele também é um grande vilão para o aumento de colesterol. O açúcar pode favorecer o aparecimento de problemas cardiovasculares, causando, por exemplo, o espessamento e o acúmulo de placas de gordura dentro da parede das artérias, com consequente obstrução desses vasos. “Dependendo da artéria afetada, tal quadro pode levar ainda a incidência de infarto, derrame e problemas de claudicação, que é quando você vai caminhar e tem dificuldade de andar porque falta sangue nas pernas”, diz a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Prejudica a saúde oral: O açúcar é um dos grandes vilões da saúde oral. “Um dos principais problemas nesse sentido é a formação de cáries, que ocorre quando as bactérias da boca metabolizam o açúcar que consumimos, tornando o pH da boca ácido e, consequentemente, provocando a desmineralização do esmalte dos dentes e o aparecimento das cáries. E o pior é que o início dessa ação ocorre poucas horas após a ingestão do açúcar. Além disso, o açúcar também favorece o acúmulo de placa bacteriana que, quando não removida adequadamente, também pode ocasionar gengivite e mau hálito”, alerta o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia pela USP. Para combater a ação do açúcar nos dentes e prevenir o surgimento de cáries e outras doenças orais, o mais importante é investir na escovação, que deve ser realizada com uma escova de cerdas ultramacias da escova CS 5460 ultrasoft, que conta com 5460 cerdas de Curen, um tipo de fibra mais fina e ultramacia capaz de desorganizar totalmente a placa bacteriana sem causar injúrias ou traumatismos nos dentes e gengivas.
Logo, o segredo para não prejudicar a saúde é apostar na moderação, reduzindo o consumo de açúcar a, no máximo, uma colher de sopa do ingrediente por dia. Como é muito difícil reduzir de tal forma a ingestão de açúcar, até porque a maioria dos alimentos contêm alguma forma da substância em sua composição, a recomendação é adotar medidas que podem ser tomadas para reduzir os danos causados pelo açúcar. “Por exemplo, existem nutrientes como fibras, gorduras boas e proteínas que se forem ingeridos juntos com carboidratos refinados, doces e açúcares, reduzem a velocidade de digestão e absorção do açúcar no sangue, diminuindo o índice glicêmico e fazendo com que não os níveis de glicose e insulina circulantes não aumentem tão rápido”, diz a Dra. Marcella.
É importante ainda prestar atenção nos açúcares escondidos que são incorporados em alimentos processados para torná-los mais apetitosos. “Sacarose, frutose, glicose, maltodextrina, glucose ou xarope de milho, dextrose, maltose, dextrina, oligossacarídeos, xarope glucose-frutose também são carboidratos simples que devem ter o consumo moderado”, explica a farmacêutica Patrícia França. E, dado o fato de o açúcar estar presente de alguma forma na grande maioria dos alimentos, a especialista ainda recomenda a suplementação oral de ativos capazes de combater sistemicamente a glicação, como é o caso do Glycoxil. “O Glycoxil é uma carcinina que tem ação antiglicante, por impedir a união da proteína com a molécula de glicose; desglicante, por promover a separação da glicose deixando a proteína livre; e antiglicoxidante, por impedir a formação dos AGEs e sua oxidação”, finaliza a gerente científica da Biotec Dermocosméticos.
FONTES:
*DRA. MARCELLA GARCEZ: Médica Nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez
*DRA. DEBORAH BERANGER: Endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ) e pós-graduação em Terapia Intensiva na Faculdade Redentor/AMIB. Com cursos de extensão em Obesidade, Transtornos Alimentares e Transgêneros pela Harvard Medical School, a médica tem MBAs de Saúde e Qualidade de Vida, de Marketing e Branding Médico e de Mindset, todos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e curso de Obesidade e de imersão em Medicina Culinária pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Fez Fellowship pela European Association for the Study of Obesity, em Portugal; é speaker dos laboratórios Servier, Novo Nordisk, Novartis, Merck, AstraZeneca, Lilly e Boehringer. Instagram: @deborahberanger
*DRA. ALINE LAMAITA: Cirurgiã vascular, Dra. Aline Lamaita é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine, a médica é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2000) e hoje dedica a maior parte do seu tempo à Flebologia (estudo das veias). Curso de Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard (2018) e pós-graduação em Medicina Integrativa e Longevidade saudável. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. RQE 26557. Instagram: @alinelamaita.vascular
*HUGO ROBERTO LEWGOY: Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Professor Colaborador do Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN) e do Mestrado Profissional em Biomateriais em Odontologia da Universidade Anhanguera (UNIAN); Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Instrutor da filosofia individually Training Oral Prophylaxis (iTOP); Pós-graduado em Implantodontia pela Miami University e University of Berna; Membro do International Team of Implantology (ITI); Consultor Científico da Curaden Swiss.
*PATRÍCIA FRANÇA: Farmacêutica e gerente científica da Biotec Dermocosméticos.
Esse texto foi produzido pela Holding Comunicações, assessoria de imprensa especializada em saúde, beleza e bem-estar com 30 anos de experiência no setor.