Já não é mais surpresa que o mercado da beleza vêm criando produtos cada vez mais “limpos”. Mais conhecidos como free form, eles são feitos com fórmulas livres de ingredientes e substâncias que podem afetar a pele ou o organismo dos usuários a longo prazo.
Item indispensável de higiene, o desodorante também entrou nessa onda. O produto em sua forma comum é feito com conservantes, parabenos, antimicrobianos e perfumes. Além disso, fixadores e alumínio, que inibem o suor nas glândulas das axilas.
A dermatologista natural Patrícia Aguiar alerta que, dependendo da composição, os desodorantes comuns “carregam um grau considerável de toxicidade, pois tem como objetivo apenas evitar o mau cheiro das axilas e muitas vezes não permitem que a região transpire normalmente”.
Felizmente, muitas marcas já disponibilizam fórmulas naturais que oferecem opções saudáveis para o corpo e pele. “Os desodorantes naturais têm formulações que não interferem na fisiologia ou funcionamento natural das glândulas de suor e nem alteram a microbiota da pele, e por isso são opções mais saudáveis, sem os ingredientes questionáveis quanto à segurança do seu uso a longo prazo”, explica a dermatologista.
Efeito rebote
O processo de troca pode não ser fácil das primeiras vezes, mas ainda assim vale ter paciência e acompanhar como o corpo reage com à mudança. Adepta ao desodorante natural há alguns anos, a gestora de redes sociais Beatriz Azevedo relata que, durante a transição, teve alguns episódios de mau cheiro.
“Aprendi que o nosso suor é composto de água, alguns sais minerais e toxinas que o nosso corpo precisa expelir. Quando usamos antitranspirante, tudo isso fica retido no corpo, e quando começamos a usar uma opção mais natural ‘parece’ que o cheiro vem muito mais forte”, relata.
O efeito rebote é causado por conta do desequilíbrio das bactérias, que pode causar mais mau cheiro no início. Vale lembrar que o efeito é passageiro e cada organismo reage de uma forma.
“A principal diferença é que hoje eu consigo ficar dias sem passar nada e repetir roupas por até cinco vezes antes de lavar”, conta Beatriz. “Equilibrou minha pele e também minha rotina com o planeta, com o meu histórico de mau cheiro eu nunca imaginei que ia conseguir fazer isso”.
Qual versão apostar?
Com a ajuda da dermatologista Patrícia Aguiar, GLMRM separou algumas sugestões de formatos e marcas para você testar e fazer a troca por uma opção mais natural.