Ausência de menstruação nem sempre é sinal de gravidez e pode até indicar problemas de fertilidade

Disfunções ovulatórias e malformações do aparelho reprodutor são causas da condição conhecida como amenorreia, que pode impedir a gestação. Assim, ficar sem menstruar por mais de 3 meses pode ser motivo de preocupação, especialmente para mulheres que desejam engravidar.

Ao ficarem sem menstruar por um período de tempo maior que o normal, muitas mulheres automaticamente pensam na possibilidade de gravidez. O que para algumas mulheres pode causar certo receio, para as chamadas tentantes é um momento de grande esperança; afinal, pode ser indício de que a tão sonhada gestação foi conquistada. Mas, independentemente do caso, é importante lembrar que a gravidez não é a única causa da ausência da menstruação e, em algumas situações, pode até indicar um problema de infertilidade. “Primeiro, é importante lembrar que pequenas variações no ciclo menstrual, com consequente atraso da menstruação, podem ocorrer normalmente. Os ciclos menstruais têm durações diferentes e podem ter variações mensais”, diz o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo. “Porém, caso esse período de ausência da menstruação se estenda por muito tempo durante a idade reprodutiva e sem a confirmação de gravidez, pode ser motivo de preocupação, especialmente se você está tentando engravidar”, alerta.

Essa ausência da menstruação por um longo período é chamada de amenorreia, que pode ser primária, quando a mulher nunca chegou a menstruar, ou secundária. “Consideramos como amenorreia secundária quando a menstruação deixa de ocorrer por mais de 3 meses em pacientes com ciclos regulares ou por mais de 6 meses em pacientes com ciclos irregulares”, diz o Dr. Rodrigo, que acrescenta que as causas da amenorreia são muito variadas e podem incluir desde questões mais simples e fáceis de serem resolvidas, como períodos de estresse e uso de certos medicamentos, até situações mais complexas e certas doenças, como menopausa precoce e síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Dr. Rodrigo Rosa

E, segundo o especialista em reprodução humana, o impacto da amenorreia na fertilidade feminina dependerá da causa do problema. “Na maioria dos casos, a ausência da menstruação está relacionada a disfunções ovulatórias, ocorrendo quando, por algum motivo, os óvulos não são liberados da maneira adequada, impedindo que sejam fecundados pelos espermatozoides para a formação do embrião, o que impossibilita a gravidez de acontecer”, diz o médico. Mas existem também casos de amenorreia em que a ovulação ocorre normalmente, mas a menstruação não acontece por alguma obstrução, malformação ou tumor no aparelho reprodutor que impede o escoamento do sangue. “Essas malformações podem impedir que o embrião se fixe ao endométrio, tecido que reveste o interior do útero, ou então prejudicar o desenvolvimento do feto ao longo da gravidez”, pontua.

Dessa forma, para que mulheres com amenorreia consigam engravidar, o mais importante é buscar um médico para verificar a causa do problema e receber o tratamento adequado. “Muitas vezes, ao tratarmos a causa da amenorreia, a mulher volta a menstruar normalmente e é capaz de engravidar de maneira natural. Caso o problema seja causado por medicamentos, por exemplo, apenas a interrupção do uso geralmente já é suficiente. Desbalanços hormonais, por sua vez, podem ser corrigidos com o uso de hormônios. Se há obstruções, malformações e tumores, cirurgias podem ser realizadas”, detalha o Dr. Rodrigo Rosa. “Mas, em casos mais complexos, como a menopausa precoce ou um quadro de SOP mais resistente, podemos recomendar procedimentos de reprodução assistida, como a Fertilização In Vitro”, finaliza o médico.

FONTE: DR. RODRIGO ROSA – Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Especialista em reprodução humana, o médico é colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Instagram: @dr.rodrigorosa.

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