O skincare chegou à maquiagem. Na onda do clean beauty e do “menos é mais”, marcas investem em tecnologias que, além de embelezar, prometem tratar a pele a longo prazo. Quase como um dois em um em que todos os lados saem ganhando – sua saúde, cútis e o meio ambiente -, o skincare colorido oferece pigmentos e ativos potentes enquanto garante distância segura dos derivados de metais pesados, parabenos e petróleo.
Da base com extrato de calêndula até o blush com esqualano de oliva, o mercado de beleza natural já oferece inúmeras opções com cores e texturas que atendem a todos os tipos de pele. “Temos certeza que todo produto é bastante factível com formulações veganas, livres de crueldade, sem toxinas e com produção orgânica”, é o que diz Luciana Navarro, sócia-fundadora da CARE Natural Beauty, marca reconhecida como autoridade no conceito high clean beauty no Brasil. Para ela e a sócia Patrícia Camargo, o objetivo é visar a saúde como um todo e não só a beleza. “Somos uma marca skincare first, que privilegia os cuidados com a pele, o maior órgão do nosso corpo. Temos a preocupação de que nossas maquiagens sejam uma continuidade à rotina, tratando e nutrindo a pele ao longo do dia”, explica Patrícia.
“Temos muita certeza que qualquer produto é bastante factível com formulações high clean beauty”
Luciana Navarro, sócia-fundadora da CARE Natural Beauty
No mesmo caminho, Patrícia Lima, fundadora e CEO da Simple Organic, label pioneira quando o assunto é maquiagem vegana, orgânica, sem gênero ou testes em animais, acredita que a busca tem que ser pela compatibilidade entre make, corpo, pele e saúde. “Quando temos uma formulação de alta performance com ingredientes naturais e orgânicos o corpo absorve melhor. Uma coisa é você usar base com silicone na composição, que vai dar uma falsa impressão de hidratação, outra é utilizar um produto com óleo de copaíba, BBA e ácido hialurônico, como o nosso, que alinha ingredientes naturais com alta tecnologia compatíveis com o nosso corpo”, explica Lima que acrescenta: “Não tem como trabalhar em cima da formulação natural sem que ela seja também um tratamento”.
Passando no teste
“Fizemos questão de ter um grupo trabalhando no desenvolvimento das formulações com dermatologistas, farmacêuticos e químicos e maquiadores. Sabíamos, desde o começo, que precisávamos entregar performance além de ingredientes incríveis”, relembra Patrícia Camargo.
Com durabilidade, textura e pigmentação comparáveis aos itens do mercado convencional, as maquiagens de beleza limpa ganharam ainda mais força entre os consumidores durante o isolamento social. “A pandemia resultou em uma aceleração da busca por saúde e informações. O consumo consciente cresceu e favoreceu as marcas éticas, que a gente chama de comércio justo”, afirma Luciana, da CARE. A CEO da Simple Organic concorda: “Do ano passado para cá mudou completamente. Acredito que isso também é reflexo dos valores da geração Z. Quando lançamos a marca, há quatro anos, ainda existia o estigma do produto ‘natureba’, termo que a gente não gosta porque estamos falando de alta tecnologia. Hoje, nosso maior desafio é produzir em larga escala para atender a demanda e não mais convencer as pessoas”.
“Não gostamos do termo ‘natureba’, porque estamos falando de alta tecnologia”
Patrícia Lima, CEO e fundadora da Simple Organic
Apesar de tantos benefícios e ativos, a maquiagem com ingredientes de skincare, vale lembrar, ainda é maquiagem. Por isso, os cuidados básicos de uma rotina de cuidados com a pele – limpar, hidratar e proteger – devem ser mantidos. É o que alerta o médico dermatologista dr. Otávio Macedo: “O uso da maquiagem deve ser sempre finalizado com sua retirada antes de dormir, seja com um espuma ou gel de limpeza, um demaquilante ou água micelar. Apesar dos princípios ativos serem muito bons para a saúde da pele, isso não isenta a necessidade da limpeza. Lavar o rosto à noite e pela manhã é fundamental em toda rotina de skincare”.
Na galeria a seguir, confira a seleção do Glamurama para se jogar no skincare colorido: