Geração Z: A filosofia explica o amor? No mês dos namorados Audino Vilão reflete sobre os diferentes tipos de amor

O amor consegue transitar tranquilamente pelo tripé da filosofia – a ética, a epistemologia e a metafísica. Pensar se fazer algo movido pelo amor é certo ou errado, ou qual a origem do amor, ou finalmente se o amor constituí a essência do ser humano. O que torna o amor uma coisa única é sua singularidade em cada um, pois todos somos dotados pela capacidade de amar, mas cada um lida com ele de uma forma particular. E em comemoração ao mês dos namorados, trarei colunas especiais sobre o amor, passando pelas diversas tentativas dos filósofos de racionalizar e descrevê-lo.

Para começar temos as 3 divisões básicas do amor, Philia, Ágape e Eros. Philia é descrito por Aristóteles (em Ética a Nicômago) como um tipo de amor direcionado a nossos afetos mais comuns, tais como família e amigos. É aquele sentimento que você desenvolve intensamente por um animalzinho de estimação ou pelo seu amigo de infância, com quem passou por tanta coisa junto. O amor philos (ou philia) é necessário na vida de todos que buscam a felicidade, segundo Aristóteles, pois ninguém é feliz sem amigos. A felicidade não está na genuína solidão.

Ágape é o amor “divino”. Está presente até na Bíblia – podemos fazer a conexão do amor de Deus, do nosso para com Deus e para com o próximo. É um amor genuíno e voluntário. Podemos entender seu conceito como um amor que não busca um fim, que não busca seus próprios interesses, que requer entrega e submissão, está além de um sentimento/emoção. Pensa em um amor puro o suficiente para amar aquele ex que te fez sofrer o pior veneno do mundo.

E por fim, o amor que buscamos e que sofremos muito por ele, o Amor Eros! Podemos já partir do princípio básico: amor é desejo. Só amamos enquanto desejamos, após satisfazermos o desejo ele desaparece naturalmente, e leva consigo o amor. O Eros é associado ao erótico, ao desejo carnal, a junção de um casal, a atração física e romântica, o famoso “O golpe tá aí, cai quem quer”.

Essas seriam as concepções básicas de amor pela filosofia! No decorrer do mês dos namorados vamos falar sobre o amor fati (Nietzsche), amor platônico (Platão) e ainda alguns conselhos para quem está enfrentando um término! E também é muito importante lembrar que é o mês do orgulho LGBTQIA+, ou seja, toda forma de amor é válida! Tenham orgulho de AMAR!

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