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Khaby Lame
Reprodução/Instagram

Você provavelmente sabe quem é Khaby Lame e, mesmo que não saiba, com certeza já se deparou com um de seus vídeos no TikTok ou Reels do Instagram. O italiano-senegalês, o segundo tiktoker mais seguido do mundo, conquistou a internet com vídeos simples, mas muito criativos, em que simplifica tutoriais “bizarros” postados na web. Juntos com os altos números de visualizações, que batem mais de 1 bilhão de views, ele também virou o queridinho das marcas que há algum tempo tem apostado nos criadores de conteúdo das redes sociais para se conectar de forma significativa com os consumidores. 

A 99, empresa de mobilidade urbana brasileira, foi uma dessas marcas, a primeira brasileira a trabalhar com o tiktoker italiano-senegalês, com vídeos curtos onde Khaby demonstra com seus muito caricatos gestos como a vida pode ser mais fácil com o aplicativo de corridas. “Estamos vivendo um momento que chamo de hiperdigitalização, onde todo mundo está sempre muito conectado, fazendo compras pela internet, estudando pela internet, consumindo todo tipo de conteúdo pela rede. Junto com essa nova mudança, os criadores de conteúdo e o influencer ganharam muito espaço”, explica o publicitário Flávio Santos, CEO e cofundador da MField, especializada em marketing de influência e narrativas criativas, que foi a responsável pela curadoria para a escolha do nome que daria vida a ação: Khaby Lame: “A publicidade está em mudança constante, esta tendência é um caminho sem volta e só deve aumentar. As marcas devem investir muito mais nisso porque conversa com o público direto, é assertivo e muito mais acessível”, ressalta o profissional. A campanha da 99 com o influencer foi desenvolvida pela agência CP+B.

Com cinco anos no mercado e um modelo de atuação a construção de narrativas criativas, a MField se firmou como umas das principais referências do setor no último ano. Para Flávio, isso se deve justamente porque a empresa soube detectar essa nova mudança do marketing, se tornando uma ponte estratégica entre criadores de conteúdo e marcas. Seus mais de 15 anos no mercado publicitário o asseguram que o principal diferencial da empresa está em seu modelo de negócios, indo na direção oposta à atuação do setor, optando por não ter um casting fixo. “Adotamos esse modelo para nos diferenciarmos e não precisarmos nos limitar ao que tivéssemos ‘dentro de casa’, o que nos permite uma liberdade criativa mais ampla”, conta.

Mas qual a real diferença entre a publicidade criada por um influenciador digital e as propagandas que você está acostumado a ver na TV, rádio e outdoors?  Flávio explica: influenciadores não são TV, rádio e revista, eles são meio. “Quando se compra um espaço de mídia a marca pode veicular o que quiser, mas a influência não é isso. O influenciador entende como funciona a audiência dele, por isso precisa criar o conteúdo próprio para aquele produto. Quando se investe em meio, ou no criador de conteúdo, está comprando influência, audiência, formato de conteúdo e a partir daí o influenciador está emprestando a voz e a autoridade dele para a marca”.  

Divulgação

Para além de postar uma foto de um produto que talvez nunca chegue a consumir, o publicitário lembra que o verdadeiro criador de conteúdo deve ter a liberdade de criar sobre o produto das marcas, oferecendo ao público uma visão criativa, original e verdadeira criando uma experiência de consumo autêntica. E isso só faz sentido, segundo ele, porque a internet é movida a comunidades que seguem padrões que pautados pelo lifestyle. “Você segue o que tem a ver com seu modo de vida, dessa forma, esse nicho acaba influenciando em certas decisões como onde comer, o que vestir, o que beber. É como se o marketing de influencia fosse a versão 2.0 do boca a boca, que é como pedir dica para um amigo. E o influenciador de conteúdo tem justamente esse papel: te dar esse senso de pertencimento a uma comunidade.  

Essa revolução protagonizada pela era da internet, segundo Flávio, é inevitável e constante, mas ao que se refere ao influenciadores digitais e ao marketing de conteúdo não existe um lado negativo, apenas agrega de forma muito positiva. “Quanto mais influenciadores, melhor. Com isso, cada vez mais teremos mais interação, mais engajamento e mais conteúdo será gerado.”

Os destaques para 2022

Para o próximo ano, o publicitário acredita que os influenciadores que se dedicam realmente a criar conteúdo novo e criativo pensando em uma boa história, roteiro e que entendam como os números e métricas são importantes para as marcas, serão o destaque . “Cada vez mais vão ganhar destaque os criadores que trocam o tradicional ‘um post no feed mais três stories”, para se tornarem brandlovers de marcas trazendo para sua rotina e falando sobre aquele produto de forma orgânica.”

Outro ponto relevante, segundo Flávio, deve ser a parceria em que os influenciadores dividem a responsabilidade e o sucesso da campanha com as marcas: “Aqui na MField chamamos de mídia equit, que são os influenciadores que co-participam dos resultados da ação, que acreditam tanto em seu conteúdo e na sua criação que dividem os resultados das campanhas com as marcas”, finaliza.

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