Para o escritor e professor de ética Clóvis de Barros Filho, toda forma de amor, especialmente pelo outro, é um fator fundamental da resiliência neste momento de pandemia. E, segundo ele, a melhor maneira de ser feliz é viver adequadamente o presente e não esperar do mundo mais do que ele pode nos proporcionar naquele instante.
Passamos tanto tempo preocupados em encontrar a felicidade e planejando o futuro que não vivenciamos plenamente o agora. É o que observa Clóvis de Barros Filho, professor de Ética, doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP e autor de mais de 15 livros. Ele ainda reforça que aproveitamos o subterfúgio da quarentena para colocar nossa vida em uma espécie de sala de espera, deixando-a para depois. “É como se estivéssemos colocando a vida entre parênteses, sem nos darmos conta de que a vida de agora vale tanto quanto o instante de vida pós-pandêmico”, diz. Especialista em temas como amor, confiança, felicidade, valores e qualidade de vida, Clóvis afirma que o amor, especialmente pelo outro, é um fator fundamental da resiliência durante a pandemia. “Se você tem um momento de abatimento e só precisa se ocupar de si mesmo, aceita com mais naturalidade estender essa fase de melancolia do que se tiver alguém precisando comer às suas custas.”