Daniela Mercury critica o machismo de cima do trio: “Nossa vida sempre é mais difícil. Temos que trabalhar em dobro”

Daniela Mercury || Créditos: Fernando Torres

Daniela Mercury voltou a Circuito Dodô (Barra Ondina), em Salvador, na noite deste sábado, comandando o Bloco Pipoca da Rainha, que fez uma homenagem à Tropicália. Antes de subir no trio, a cantora que sempre leva temas de relevância social para a folia, conversou com o Glamurama sobre as campanhas feitas para conscientizar a sociedade sobre assédio e violência contra a mulher.

“As campanhas são fundamentais, sempre deixam muito claro o que é certo e o que é errado. Quando falta campanha, volta a acontecer as mesmas coisas. Então falar sobre o combate da violência da mulher é algo que precisa entrar na rotina porque é fundamental”, afirmou. “É algo fundamental para a gente tentar combater o crime contra as mulheres, todo o tipo de violência”. Daniela ainda falou do machismo estrutural: “Nossa vida sempre é mais difícil, temos que trabalhar o dobro, o triplo, somos comparadas com mulheres mais novas, julgadas, mas não querem saber da minha contribuição de 30 anos de carreira. A verdade é: quem não tem poder sofre violência. Nós, mulheres que temos poder, temos que reforçar todo tipo de campanha para evitar a violência contra qualquer minoria. Eu tenho feito isso há muitos anos, tanto em minhas canções como em minhas atitudes. Temos que ir a luta conquistar as coisas, derrubar as paredes que botam para a gente.”, concluiu.

A cantora ainda falou sobre o crescimento do Carnaval de Salvador: “Hoje recebemos artistas do Brasil inteiro, daqui a pouco vamos ter que criar outros circuitos. Salvador é uma cidade que abraça, cabe todo mundo. Uma vez Caetano disse: ‘Daniela convida tanta gente que não vai caber’.” brincou.

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