Sidney Magal ganha biografia e Glamurama entrega trechos inéditos da obra

Capa do livro “Sidney Magal: Muito Mais que um Amante Latino”, que ganha lançamento oficial no fim deste mês! || Créditos: Divulgação

É impossível passar ileso à música de Sidney Magal. Mais que isso: é impossível não se sentir hipnotizado pelo cantor que há anos arrasta e encanta multidões Brasil afora. E o que faltava nessa magnitude? No fim deste mês chega às livrarias do país a biografia “Sidney Magal: Muito Mais que um Amante Latino”, escrito por Bruna Ramos da Fonte.

A foto de capa, clicada por JR Duran, já entrega o que podemos esperar nas páginas: histórias emocionadas, lembranças e algumas surpresas, como sua singular forma de amar – no livro existe até uma passagem na qual Sidney confronta o “Soneto da Felicidade”, de Vinicius de Moraes, que vem a ser seu primo.

Entre outras coisas ele revela que seu maior sonho, desde criança, era ser pai. Lembrando que seu filho Rodrigo West Magalhães, quando descoberto nas redes sociais, causou um frisson e se tornou um daqueles crushs que, vira e mexe, invadem a internet. Glamurama recebeu trechos inéditos da publicação e reproduz abaixo:

AMOR À PRIMEIRA VISTA

Até hoje as pessoas me dizem que essa história toda de amor à primeira vista é coisa da minha cabeça. E deve ser mesmo, porque é a cabeça quem comanda o coração; poeticamente é muito legal falar em coração, mas ele não manda em nada na vida da gente, concorda? A gente se acostumou a utilizar o coração como representação simbólica pra falar em sentimento – já que a cabeça representa o nosso lado racional –, mas na prática ele não tem o poder de sentir ou decidir nada.

Tudo vem da cabeça, tanto o lado racional quanto o emocional, pois é ela quem manda em tudo absolutamente; a pessoa só sofre, só sente saudade, só ama, se a cabeça comandar isso. Então quando conheci a minha mulher, eu me apaixonei e decidi que iria viver apaixonado por ela a vida inteira, como sou até hoje. E não tem mulher no mundo capaz de mudar o que eu sinto, porque quem decidiu isso fui eu, e o meu rumo eu só mudo se eu quiser mudar.

…E SERÁ

Quando Magali chegou ao Rio, nós fomos até a casa do Vinicius de Moraes – que ela adorava – e eu disse a ele:
– Eu vim aqui só para te dizer que você está errado.
– Por quê?
– Porque no seu Soneto de Fidelidade você diz que o amor “seja infinito enquanto dure”. Eu quero que você mude isso pra “que seja infinito e será” porque é assim o meu amor por Magali. Não pode ser simplesmente “enquanto dure” porque ele vai durar por toda a eternidade. Então mude logo essas palavras, por favor!
– É um amor louco assim? – ele perguntou surpreso.
Vinicius morreu naquele mesmo ano e essa é a última lembrança que eu tenho do meu primo.

PROFISSÃO: PAI

Eu tinha no máximo oito ou nove anos de idade quando a minha professora da escola, querendo investigar a vocação de cada um, pediu pra que a gente escrevesse o que queria ser quando crescesse. E eu fui a única criança que escreveu que queria ser pai. Quando viu a minha resposta ela então perguntou “Menino, eu quero saber qual profissão você quer ter quando
crescer”. E eu, com aquela idade, respondi a ela que tanto fazia a profissão que eu seguisse; o que eu realmente queria muito na vida era ter filhos.

Os anos se passaram e eu continuei com aquela certeza de que, independentemente do que a vida me levasse a ser ou a fazer profissionalmente, o mais importante era que eu fosse pai; e eu sabia que seria louco, alucinado, apaixonado pelos meus filhos.
No dia em que conheci Magali, minha mulher, eu soube que ela seria a mulher da minha vida e a mãe dos filhos que eu sempre quis ter.

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