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Bete Davis em "Jezebel"
Bette Davis em “Jezebel” || Créditos: Reprodução
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26 anos da morte de Bette Davis|| Créditos: Reprodução

Bette Davis é uma verdadeira lenda do cinema. Atuou nas telonas pela primeira vez aos 23 anos e, até 1989, ano de sua morte, nunca parou de trabalhar. Foi indicada 11 vezes ao Oscar, tendo vencido duas. Ganhou um Globo de Ouro, um EMMY, e prêmios de melhor atriz nos Festivais de Cannes e Veneza. É difícil encontrar na história atriz com currículo mais laureado do que ela, que morreu aos 81 anos, há exatos 26 anos, completados nesta terça-feira. Para relembrar seu enorme talento, trazemos 5 dos filmes mais marcantes da musa.

“Perigosa” (1935)

No filme, Bette faz o papel da perturbada e inconstante atriz de Hollywood Joyce Heath, que tenta recomeçar a carreira após conhecer o famoso arquiteto Don Bellows (Franchot Tone). Mesmo casado, Bellows resolve ajudar a reerguer a atriz, que sofre de surtos de baixa autoestima. O arquiteto acaba com seu casamento para ficar com Joyce, mesmo arriscando perder sua fortuna durante o processo da separação, mas o que Bellows não sabia é que a atriz também era casada. O filme continua em uma série de acontecimentos trágicos, com Joyce causando um acidente de carro que machuca seriamente seu marido. No final, Joyce consegue dar a volta por cima com uma peça de sucesso. A atuação de Bette foi extremamente bem recebida pela crítica, que a chamou de “a mais interessante atriz do país” e, de quebra, lhe rendeu o Oscar de melhor atriz de 1936.

“Mulher Marcada” (1937)

O filme conta a história real do delegado Thomas E. Dewey contra o famoso gangster da época, Lucky Luciano. Porém, os nomes foram trocados a pedido da revista que inicialmente publicou a história. Bette Davis faz o papel de Mary Dwight Stauber, anfitriã de uma das casas noturnas de Johnny Vanning (nome fictício de Luciano, interpretado por Eduardo Cianelli) que em uma noite conhece um homem que se atolou em dívidas de jogos e acabou sendo morto pelos capangas de Vanning. Para investigar o caso, o delegado David Graham (nome fictício de Thomas Dewey, interpretado por Humphrey Bogart) pressiona Mary para que ela denuncie os crimes do gangster. Ela se mantém fiel ao patrão, até que sua irmã descobre sobre a situação e ameaça contar tudo para a polícia. Vanning a mata também, fazendo com que Mary mude sua opinião e comece a contar tudo para a polícia. Em retaliação, os capangas de Vanning capturam Mary e a agridem, deixando marcas em seu rosto, e transformando-a na “Mulher Marcada” do título do filme.  A personagem lhe rendeu o prêmio Volpi Cup, dado ao melhor ator/atriz do Festival de Cinema de Veneza.

“Jezebel” (1938)

Talvez a atuação mais marcante de Bette Davis, que lhe rendeu o Oscar de melhor em 1939. Ela interpreta Julie Marsden, uma mulher do sul escravocrata de 1850, noiva de Preston Dillarrd, um rico banqueiro do norte. A trama começa quando Julie insiste em jantar com o noivo usando um vestido vermelho, algo não socialmente aceito na época. Após muita resistência, ela vai com o vestido, mas se arrepende da decisão ao chegar no jantar e pede a Preston para voltar. O noivo diz que não, e humilha sua noiva em público. Após o incidente, os dois acabam o noivado, e Julie promete vingança enquanto Preston volta para o norte. Um ano depois, o ex-noivo retorna ao sul para ajudar na luta contra a febre amarela, só que agora casado. Julie se arrepende de seus atos e acaba ajudando o ex-noivo. O papel foi um presente Warner Bros para compensar o fato da atriz ter perdido o papel de Scarlett O’Hara em “O Vento Levou”. Com a atuação de “Jezebel”, Bette começou a melhor fase de sua carreira, começando a figurar constantemente na lista dos dez artistas que mais geravam dinheiro do mundo.

“A Malvada” (1950)

No filme Bette vive Margo Channing, uma atriz veterana da Broadway que conhece Eve Harrington, novata tentando entrar no mundo do teatro que acaba se tornando sua pupila. Durante o filme, Eve se mostra uma inocente atriz tentando fazer contatos, enquanto Margo é vista como uma estrela em decadência. Porém, no decorrer da trama, a jovem atriz se mostra a que veio, tentando passar a perna em Margo para conseguir seus papeis e jogando seus amigos contra ela. Durante a época das filmagens, Bette era vista como uma atriz em final de carreira, depois de perder o contrato com a Warner. A revista “Independent Film Journal” chegou a considerar a atriz um “veneno de bilheteria”. O filme fez enorme sucesso, e Bette foi indicada ao Oscar de melhor atriz em 1951. No final das filmagens, o diretor Joseph Mankiewicz definiu a atriz como “o sonho do diretor: a atriz preparada”.

“O Que Aconteceu Com Baby James?” (1962)

Longe de seus tempos áureos, Bette Davis continuou enfileirando boas atuações e, com 54 anos, fez um de seus papeis mais psicológicos, vivendo Jane Hudson. O filme conta a história de Jane e sua irmã, Blanche Hudson.  A primeira fez grande sucesso como atriz mirim do gênero vaudeville com seu pai, porém se ressentia do fato que sua irmã se tornou uma intérprete melhor e com mais sucesso. Ao final de suas vidas, as duas viviam juntas, com Blanche de cadeira de rodas, e Jane tendo que cuidar da irmã. O ressentimento e a convivência levam intensa levam Jane à loucura, controlando a vida de Blanche e chegando ao extremo de negar comida a ela. O papel lhe rendeu sua última indicação ao Oscar, além de enorme sucesso de bilheteria.

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