O domingo de Marina Ruy Barbosa foi movimentado, afinal, às 17h ela teve um encontro marcado com fãs na Livraria Saraiva do shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. O motivo? Lançar por lá seu primeiro livro. Intitulado “Inspirações”, a publicação é um compilado de poesias e pensatas da atriz, que demorou dois anos para reunir todo o conteúdo. Uma hora antes, uma fila com mais de 100 pessoas já se formava dentro da loja, isso sem falar na quantidade de curiosos que se aglomerava por ali.
Marina chegou às 17h15, passou no meio dos fãs, tirou selfie com alguns e seguiu para a mesa onde assinaria os exemplares. Posou para fotos e logo em seguida se encontrou com jornalistas para uma um papo sobre esse seu novo passo profissional. Com o marido Xandi Negrão a tiracolo, a atriz havia passado a madrugada do dia anterior gravando – ela está no elenco de “Deus Salve o Rei”, próxima novela das 7 da Globo, com estreia marcada para janeiro de 2018.
VIDA DE ESCRITORA
“Escrever um livro era uma coisa que nunca esteve nos meus planos. Não quero ser escritora e não tenho nem pretensão para tal. Cada vez mais me sinto responsável por aquilo que eu passo para as pessoas. Com as redes sociais tenho uma responsabilidade grande. Ainda sou muito nova, tenho só 22 anos, mas comecei a trabalhar cedo. Fico questionando qual meu lugar no mundo, como atriz, como cidadã, como mulher”, diz ela.
“Sou uma referência para meninas da minha geração e não quero só fazer novela ou campanhas publicitárias, também quero ter outras funções, usar a minha voz para outras coisas. Nessa época tão digital, quero usar a minha influência na internet para falar um pouco de leitura que é tão importante. Vivemos num país muito desigual, complicado, tive a oportunidade de estudar em uma boa escola, ter uma boa educação e ter acesso a tantos poetas incríveis. Sei que não é a realidade da maioria, então se eu puder ser o canal de comunicação para isso, acho válido”, reflete ela, que começou a receber livros de poesias de diversos autores para ter como referência e chegou até a pensar em desistir. “Eu falava com o pessoal da Companhia das Letras: Será que lanço esse livro mesmo? Como será que as pessoas vão interpretar? Vão achar que eu estou querendo lançar uma biografia minha?”, desabafa.
VIDA DE CASADA
“Sou uma senhora com aliança no dedo”, brincou Marina. “Está muito corrido. Foi tudo ao mesmo tempo, né? Novela, o lançamento do livro, o casamento, o Emmy em Nova York… Tenho gravação de segunda a sábado. Foi tudo junto, vida nova, casa nova, eu ainda estou me acostumado com isso”, diz ela.
Morando em duas casas entre São Paulo e Rio, a atriz confessou que ainda não teve tempo de aproveitar a vida a dois como manda o figurino: “Chego das gravações e minha casa é meu refúgio, meu porto seguro. Por enquanto não conseguimos ficar a semana inteira juntos, mas uma hora vai dar, né? Estamos nos adaptando, nos acertando. Ficamos mais juntos no fim de semana. Ele é um supercompanheiro, me dá muita paz”.
O marido fez questão de prestigiar esse momento único. “Tão linda… Eu sou sortudo. Estou muito feliz. A vida está corrida porque tenho meus projetos também, que são fora no Rio, e ela está começando a novela, mas estamos administrando isso. Sempre que dá, dou uma escapada para o Rio”, declarou.
CRÍTICAS E BIOGRAFIA
Preparada para receber críticas, a atriz sabia que o terreno em que estava entrando seria pedregoso, mas mesmo assim, resolveu arriscar. “Acho que criticas, comentários e opiniões sempre vão existir, né? Se eu for ligar para tudo que as pessoas têm a dizer, ou o que elas acham, vou ficar parada no mesmo lugar e não fazer mais nada. Não quero ser assim. Quero sair da minha zona de conforto, senão vou fazer sempre a mesma coisa”, explica ela, que no momento não pensa em uma autobiografia. “Cada um sabe de si. Acho que sou muito nova para uma biografia, ainda não vivi nada que valesse a pena colocar num livro. Quem sabe daqui a alguns anos, mas agora não, de jeito nenhum”.
FORA DO SÉRIO
Dona de uma vida de conto de fadas, Marina parece não encontrar problemas ou se chatear com questões cotidianas – se bem que há uma coisa que a tira do sério: fofoca. “Hoje estou mais tranquila em relação a isso, mas fofoca ainda me deixa nervosa, já me irritei e me chateei demais com isso. Às vezes, com a internet, tudo acontece muito rápido e uma informação que não é verdade ganha velocidade e proporções que não conseguimos parar. E pior, acabam virando verdade de tanto que as pessoas compartilham. Isso é muito chato”. (Por Matheus Evangelista)